Paulo Pasta

biografia

sem título
óleo sobre tela
130 x 170
1997

Paulo Augusto Pasta (Ariranha, São Paulo, 1959). Pintor, desenhista, ilustrador e professor. Gradua-se em artes plásticas na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP), em 1983. Estuda desenho e gravura em metal com Evandro Carlos Jardim (1935). Faz cursos de litografia e serigrafia com Regina Silveira (1939) e pintura, com Donato Ferrari (1933) e Carmela Gross (1946). Atua como arte-educador na Pinacoteca do Estado de São Paulo (Pesp), entre 1983 e 1985. Cria obras abstratas nas quais utiliza uma gama cromática reduzida, explorando variações tonais. Em 1984, realiza sua primeira exposição individual na Galeria D. H. L., em São Paulo. Recebe a Bolsa Emile Eddé de Artes Plásticas, em 1988. Tem relevante atividade docente, lecionando pintura na Faculdade Santa Marcelina (FASM), entre 1987 e 1999, e desenho na Universidade Presbiteriana Mackenzie, entre 1995 e 2002. É professor da Fundação Armando Álvares Penteado (Faap), onde ingressa em 1998. Ministra ainda cursos livres em várias instituições culturais, como o Museu Brasileiro de Escultura (MuBE) e o Instituto Tomie Ohtake (ITO). Em 1990, recebe o Prêmio Brasília de Artes Plásticas no Museu de Arte de Brasília (MAB/DF) e, em 1997, o Prêmio Price Waterhouse – Conjunto de Obras, no 25º Panorama de Arte Brasileira do Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP). Em 1998, é publicado o livro Paulo Pasta, pela Edusp. É mestre em artes plásticas pela ECA/USP, em 2002. Ilustra, entre outros, os livros Coração Partido – Uma Análise da Poesia Reflexiva de Drummond e Rocambole, ambos de autoria do crítico literário Davi Arrigucci Jr., publicados pela Editora Cosac & Naify, em 2002 e em 2005, respectivamente.

Comentário Crítico
A pintura de Paulo Pasta, na década de 1980, apresenta suaves passagens tonais e formas instáveis, indefinidas. Uma de suas principais referências, além da obra de Paul Cézanne (1839-1906) e Henri Matisse (1869-1954), É a pintura do artista norte-americano Jasper Johns (1930). Paulo Pasta, por meio de ligeiras arranhaduras na última camada de tinta da tela, cria formas que se aproximam às de frontões, ânforas e colunas. Essas imagens permitem uma referência ao passado, remetem ao campo da memória. Para o historiador da arte Rodrigo Naves, há nesses trabalhos um quê de nostalgia – eles procuram reatar com um tempo histórico, apontam para a lembrança de uma era sem fraturas, em que gestos individuais e significados sociais se relacionavam harmoniosamente. Há também nas obras do artista um jogo tonal, espécie de cor primeira que contém outras, que se insinua insistentemente, mas os tons e as pinceladas obedecem apenas ao equilíbrio interno da obra.

fonte: Itaú Cultural