Nino Cais

biografia

sem título
impressão, jato de tinta sobre papel de algodão e nanquim
62 x 80 cm e 28 x 25 cm

2007

Marcos Eduardo de Cais (São Paulo, SP, 1969). Artista plástico. Conclui bacharelado e licenciatura em artes plásticas pela Faculdade Santa Marcelina em 2001, realizando no mesmo ano e local sua primeira mostra individual, A Trama Rarefeita, em que apresenta objetos realizados no final da década de 1990, formados pelo emaranhado de nós feitos com tecido. Esse material destaca-se em grande parte de sua produção, aparecendo em situações fotografadas pelo artista, vídeos e colagens, e também na forma de estampas ou padrões decorativos que compõem o universo de assemblages, objetos e desenhos.

Em 2005, participa do Programa de Exposições do Centro Cultural São Paulo (CCPC). Nessa época, objetos de uso cotidiano integram séries de trabalhos em vídeo e fotografia e são relacionados ao corpo do próprio artista, que começa a comparecer nas obras. Instalações com os mesmos objetos – cadeiras, copos, taças, utensílios de cozinha, tecidos, vasos de plantas – são realizadas com mais intensidade ao longo dos anos 2000 em mostras individuais e coletivas no Brasil e no exterior. Em 2007, recebe prêmios do Salão de Arte de Ribeirão Preto (Sarp) e da Fundação Iberê Camargo. A fotografia, a colagem e o desenho, com imagens em que se somam corpos humanos e objetos, protagonizam os trabalhos realizados a partir de 2010, quando sua obra é reunida no livro Nino Cais: Poemas e Canções, que também traz textos sobre sua produção. Em 2012, participa da 30º Bienal Internacional de São Paulo.

Comentário crítico
O trabalho de Nino Cais, seja em fotografias, desenhos, colagens, vídeos ou objetos tridimensionais, faz uso de uma série de elementos comuns, como padrões decorativos (estampados em tecidos, colhidos em recortes de páginas de revistas de moda e decoração ou desenhados sobre papel) e objetos de uso cotidiano (utilitários de cozinha e área de serviço, vasos de plantas, valises, peças de vestuário, mobiliário etc.). Tais elementos dividem o imaginário do trabalho do artista com figuras do corpo humano, muitas vezes do próprio Cais, assinalando reiterada preocupação com uma dimensão subjetiva ou autobiográfica, que todavia surge marcada pela substituição de partes do corpo humano – entre as quais destaca-se a cabeça, que aparece frequentemente coberta – por esses objetos.

Fonte: Itaú Cultural