Nazareno

biografia

Um Prato Cheio de Certezas
Prato de porcelana e dados
26 ø cm
edição 2/30
2001

Nazareno Rodrigues Alves (São Paulo, São Paulo, 1967). Desenhista, escultor e artista multimídia. Nascido em São Paulo, o artista passa a infância e a adolescência em Fortaleza, Ceará. Em 1987, muda-se para Brasília, onde conclui bacharelado em artes visuais pela Universidade de Brasília (UnB), em 1998. Em 1999, participa da edição itinerante Vertentes Contemporâneas – Rumos Visuais Itaú, em Fortaleza e Recife, Pernambuco. Nos dois anos seguintes, expõe no Instituto Itaú Cultural, São Paulo, e no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM/RJ), dentro do mesmo programa.

Participa, em 2002, da residência Faxinal das Artes, em Faxinal do Céu, Paraná. Nesse mesmo ano, é premiado com a obra Para Mim Só Sobrou o Berço de Prata (2001), no Salão de Artes Visuais de Brasília. Fixa residência em São Paulo em 2003. Publica de maneira independente, no ano de 2004, o livro São as Coisas que Você Não Vê que nos Separam.

Análise
Nazareno trabalha com situações lúdicas, que abarcam os receios e os encantamentos das relações humanas. Ao apresentar suas produções em miniatura, o artista relaciona a sua obra com questões ligadas à infância, ao jogo, à memória, à impossibilidade e ao tempo. Como em 4, 3, 2, 1…Você Perdeu (1998) – instalação composta de pequenas cadeiras de prata, constituindo quatro estágios da “dança das cadeiras”. Nesta brincadeira popular, há sempre um participante a mais em relação ao número de cadeiras. Sucessivamente, vão sendo eliminados os jogadores que não conseguem sentar, até que reste apenas um, o vencedor. Entretanto, no trabalho proposto pelo artista, não existe vencedor. A cadeira que restou está encostada à parede, e não pode ser ocupada.

O desenho, que ganha maior importância para o artista em 2002, reflete um momento mais afastado da infância. Agora, os jogos propostos envolvem relações de competitividade em outro âmbito – que pode ser compreendido como mais adulto. Essas relações estão inscritas em trabalhos como As Indefiníveis Especulações (2003) – figuração, por meio do desenho, de uma caixa aberta que guarda outra caixa, também aberta. E em Como Fazer para Impressionar os Inimigos (2003), série de cinco desenhos que retratam, em sequência, um esquema de como fazer malabarismo com bolas. Ambos são realizados em nanquim.

fonte: Itaú Cultural